Por que razão as folhas mudam de cor
Uma história de Aléxia Mendes e Sofia Cruz, 7.º A
Era uma vez um bando de andorinhas que sobrevoavam um calmo bosque de plátanos.
Eram dezenas, mas, de todas elas, a mais curiosa e mais bela era Carlota, a mais nova do bando. Era a sua primeira viagem. Quando voavam perto de um riacho, Carlota pensou ter avistado peixinhos dourados a saltar, mas, para comprovar, decidiu aproximar-se e parar junto ao riacho. Na realidade, os peixes estavam lá, mas, sempre que eram vistos, ficavam transparentes, da cor da límpida água daquele riacho. Carlota, achou aquilo estranho, mas pensou que fosse magia.
Quando se preparava para levantar voo reparou que o seu bando desaparecera dos céus e a tinha deixado para trás. Sozinha, num imenso bosque, a andorinha começou a pensar numa maneira de sair dali e voltar para o seu bando.
Ao anoitecer, Carlota sentia-se triste e pensava, em voz alta, porque tal coisa acontecera, até que, de uns pequenos arbustos, surgiu uma criatura extremamente pequena com umas orelhas muito bicudas. Carlota, muito assustada, e com tom baixinho para não acordar os animais que ali viviam, perguntou:
– Quem és tu? O que fazes aqui?
– Chamo-me Máximo, estava aqui a passar, ouvi as tuas lamúrias e pensei que gostasses de um amigo com quem falar. – disse Máximo, um duende, mostrando-se atencioso.
– Na verdade, estava mesmo a precisar, mas nunca te vi na vida, não sei se te posso confiar a minha tristeza. – disse ela com ar desconfiado.
– Eu compreendo, mas quero que saibas que, seja qual for a tua razão para chorar, eu estou aqui, sempre a teu lado, para ajudar.
– Obrigada. – disse a andorinha, já com ar sonolento, e os olhos semicerrados. Mas de imediato, Máximo retorquiu:
– Tive uma ideia! Acompanha-me!
– Aonde? Já é muito tarde!
– Calma, eu sei que tens de dormir, mas gostava que me acompanhasses, até uma grande amiga, que já me ajudou imenso.
E a andorinha decidiu acompanhar o duende. Caminharam, caminharam, e a andorinha já estava exausta, até que, ouviu o duende dizer:
– Chegamos, é aqui que se encontra a minha amiga, por quem tanto caminhamos.
– Mas não há aqui ninguém. Só vejo árvores! – disse Carlota.
– Ora aí te enganas! Mesmo à tua frente está a minha amiga conselheira, a Árvore Falante.
A andorinha ficou em silêncio, pois nunca tinha visto tal coisa, mas de seguida, ouviu uma voz, muito rouca, que sussurrou:
– Então Máximo, o que te trouxe à minha companhia?
– Preciso da tua ajuda!
– Fala, estou aqui para te ouvir e te ajudar.
Por momentos, ninguém falou, mas, daquele silêncio solitário, surgiu uma vozinha, que perguntou:
– Olá, Olá, Máximo, essa andorinha é tua namorada? – perguntou uma folha.
– Ah! Ah! Ah! Não, Mary, não é. É apenas uma amiga que precisa da vossa ajuda.
– Porquê? – perguntou a árvore.
– Bom, ela estava muito sozinha e muito triste e eu decidi ajudá-la.
– Claro! Nós ajudamos – disse a pequena folhinha.
– Muito obrigado! Entretanto, queria pedir-vos outro favor. No meu cogumelo já não há espaço e ela precisa de um lugar para passar a noite.
– Ela pode ficar aqui num buraquinho. Há sempre espaço para mais um!
– Obrigada, és muito amável – agradeceu a andorinha.
A andorinha não conseguiu dormir, pois era a primeira vez que dormia fora de casa e não estava com a sua família. Na manhã seguinte, quando o sol nasceu, Carlota reparou que as folhas tinham mudado de cor. De um lindo vermelho, passaram para um melancólico castanho. Intrigada com o sucedido, a pequena andorinha decidiu falar com uma das folhas.
– Porque mudaram de cor tão depressa? E porque é que ficaram com uma cor tão triste?
– Nós, as folhas, mudamos de cor conforme os sentimentos de quem está perto de nós. Como ontem te ouvimos a chorar e estavas muito triste, hoje ficamos assim, com esta cor triste.
– Peço desculpa! Não sabia que os meus sentimentos influenciam a vossa cor. Vou tentar ficar mais alegre para que fiquem mais bonitas.
Máximo, o duende, ouvia toda a conversa. Foi então que teve uma ideia.
– Carlota – chamou ele – queres vir brincar comigo?
– Claro, preciso de me alegrar.
Enquanto brincavam, a árvore falante pediu às folhas dos seus ramos que levassem Carlota para casa. A pequena folha, Mary, pediu para ser ela a levar a andorinha para casa. A árvore não hesitou, pois era uma grande ajuda.
Depois do almoço, Mary foi ter com Carlota e disse para ela se preparar, pois ia viajar para longe. Ainda o sol não se tinha posto, e Carlota já avistava a sua casa.
– Obrigada por tudo, Mary.
– De nada, até sempre.
Era uma vez um bando de andorinhas que sobrevoavam um calmo bosque de plátanos.
Eram dezenas, mas, de todas elas, a mais curiosa e mais bela era Carlota, a mais nova do bando. Era a sua primeira viagem. Quando voavam perto de um riacho, Carlota pensou ter avistado peixinhos dourados a saltar, mas, para comprovar, decidiu aproximar-se e parar junto ao riacho. Na realidade, os peixes estavam lá, mas, sempre que eram vistos, ficavam transparentes, da cor da límpida água daquele riacho. Carlota, achou aquilo estranho, mas pensou que fosse magia.
Quando se preparava para levantar voo reparou que o seu bando desaparecera dos céus e a tinha deixado para trás. Sozinha, num imenso bosque, a andorinha começou a pensar numa maneira de sair dali e voltar para o seu bando.
Ao anoitecer, Carlota sentia-se triste e pensava, em voz alta, porque tal coisa acontecera, até que, de uns pequenos arbustos, surgiu uma criatura extremamente pequena com umas orelhas muito bicudas. Carlota, muito assustada, e com tom baixinho para não acordar os animais que ali viviam, perguntou:
– Quem és tu? O que fazes aqui?
– Chamo-me Máximo, estava aqui a passar, ouvi as tuas lamúrias e pensei que gostasses de um amigo com quem falar. – disse Máximo, um duende, mostrando-se atencioso.
– Na verdade, estava mesmo a precisar, mas nunca te vi na vida, não sei se te posso confiar a minha tristeza. – disse ela com ar desconfiado.
– Eu compreendo, mas quero que saibas que, seja qual for a tua razão para chorar, eu estou aqui, sempre a teu lado, para ajudar.
– Obrigada. – disse a andorinha, já com ar sonolento, e os olhos semicerrados. Mas de imediato, Máximo retorquiu:
– Tive uma ideia! Acompanha-me!
– Aonde? Já é muito tarde!
– Calma, eu sei que tens de dormir, mas gostava que me acompanhasses, até uma grande amiga, que já me ajudou imenso.
E a andorinha decidiu acompanhar o duende. Caminharam, caminharam, e a andorinha já estava exausta, até que, ouviu o duende dizer:
– Chegamos, é aqui que se encontra a minha amiga, por quem tanto caminhamos.
– Mas não há aqui ninguém. Só vejo árvores! – disse Carlota.
– Ora aí te enganas! Mesmo à tua frente está a minha amiga conselheira, a Árvore Falante.
A andorinha ficou em silêncio, pois nunca tinha visto tal coisa, mas de seguida, ouviu uma voz, muito rouca, que sussurrou:
– Então Máximo, o que te trouxe à minha companhia?
– Preciso da tua ajuda!
– Fala, estou aqui para te ouvir e te ajudar.
Por momentos, ninguém falou, mas, daquele silêncio solitário, surgiu uma vozinha, que perguntou:
– Olá, Olá, Máximo, essa andorinha é tua namorada? – perguntou uma folha.
– Ah! Ah! Ah! Não, Mary, não é. É apenas uma amiga que precisa da vossa ajuda.
– Porquê? – perguntou a árvore.
– Bom, ela estava muito sozinha e muito triste e eu decidi ajudá-la.
– Claro! Nós ajudamos – disse a pequena folhinha.
– Muito obrigado! Entretanto, queria pedir-vos outro favor. No meu cogumelo já não há espaço e ela precisa de um lugar para passar a noite.
– Ela pode ficar aqui num buraquinho. Há sempre espaço para mais um!
– Obrigada, és muito amável – agradeceu a andorinha.
A andorinha não conseguiu dormir, pois era a primeira vez que dormia fora de casa e não estava com a sua família. Na manhã seguinte, quando o sol nasceu, Carlota reparou que as folhas tinham mudado de cor. De um lindo vermelho, passaram para um melancólico castanho. Intrigada com o sucedido, a pequena andorinha decidiu falar com uma das folhas.
– Porque mudaram de cor tão depressa? E porque é que ficaram com uma cor tão triste?
– Nós, as folhas, mudamos de cor conforme os sentimentos de quem está perto de nós. Como ontem te ouvimos a chorar e estavas muito triste, hoje ficamos assim, com esta cor triste.
– Peço desculpa! Não sabia que os meus sentimentos influenciam a vossa cor. Vou tentar ficar mais alegre para que fiquem mais bonitas.
Máximo, o duende, ouvia toda a conversa. Foi então que teve uma ideia.
– Carlota – chamou ele – queres vir brincar comigo?
– Claro, preciso de me alegrar.
Enquanto brincavam, a árvore falante pediu às folhas dos seus ramos que levassem Carlota para casa. A pequena folha, Mary, pediu para ser ela a levar a andorinha para casa. A árvore não hesitou, pois era uma grande ajuda.
Depois do almoço, Mary foi ter com Carlota e disse para ela se preparar, pois ia viajar para longe. Ainda o sol não se tinha posto, e Carlota já avistava a sua casa.
– Obrigada por tudo, Mary.
– De nada, até sempre.